Como se não bastasse viver
Ainda tenho que conviver
Com o dedo apontado
Na minha face
Com o julgamento alheio
Que encontrou nos meus erros
Conforto para suas falhas
Como se não bastasse conviver
Ainda tenho que aceitar
Que cada tropeço meu
Será motivo de aplausos
Para aqueles que cercam o meu viver
Poderem estar em pé
A me condenar
Cada palavra minha
Poderá ser usada como arma
Assim como cada passo meu
É usado como pedra
Por quem só enxerga o meu errar
Eu vivo as acusações
E recebo bem o julgar
Escuto as condenações
Mas não vivo o ontem
Muito menos o ontem de outrem.
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