
e quem morre todo dia
não teve a chance
de salvar sua própria
história, memória
é pelo caminho que
sacrificamos os sonhos
dançamos músicas
desconhecidas
vamos sozinhos
seguindo firme no alvo
e quando somos alvejados
fingimos a morte
sair do foco do inimigo
é a tentativa de quem
coloca a fé no amanhã
e não deixa a história
seguir em vão
mesmo estando no chão
sem sentir o coração
em pânico, em pranto
só, na solidão
e se fingir alegria
sorri, gargalha
metralha a realidade
de ilusões, mentiras
e faz da vida o palco
para o show de horrores
em que os atores
são os autores
da sua própria morte.
"SETEMBRO POÉTICO" - PORQUE A POESIA ENSINA! - POST 2
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