
Tão sólida e densa
Separa a frustração
Da desistência
Não sei se sigo
Se prossigo
Se insisto
Ou paro
A vida repete
Faz doer de novo
O que doeu anteontem
Ela sabe como nos atacar
E com o receio nos obriga a caminhar
Prova de fogo, sufoco, cansaço, pavor
É um longo caminho provando
Coragem para o horror
A gente diz que não vai se curvar
Até o inimigo ser aquilo que mora em nós
Voz do trauma, amedrontamento
Disfarça o medo que é comum
Para ir contra as regras da desistência
Sabota, adultera, falsifica a própria essência
A renúncia é real, sólida e densa
Separa o prosseguir da desistência.
"SETEMBRO POÉTICO" - PORQUE A POESIA COMPREENDE! - POST 9
0 comentários