É muitíssimo estranho perceber como sempre consigo sujar qualquer sentimento puro. Sempre sorrateiro, imagino grandes mudanças e acabo num escuro silencioso. Defini traços para a minha vida e não sei se isso é bom ou ruim, na verdade não creio que seja nenhum dos dois. Precisei respirar e preciso das trevas como minha aliada, pois minha familiarização com o que é oculto e abstrato sempre facilitou um desligamento do "concreto" e "verídico". Não chego a passar grande parte da minha vida buscando sempre sentimos felizes e reconfortantes, mas quando eles chegam até mim acabam manchados por minhas desconfianças. Também não consigo pensar que os sentimentos "escuros" são negativos e me induzem a tristezas profundas. Diferentemente do que costumam dizer sobre meus escritos mais reflexivos, as reflexões feitas nas "trevas" sempre me levaram mais longe. O cenário silencioso da minha vida as vezes é gritante demais, e nada melhor do que o silêncio para me ajudar a entender as situações embaraçosas provocadas pela quebra do cotidiano. Sempre duvidei de tudo, sempre caminhei de mãos dadas com a desconfiança e é exatamente isso que me leva a duvidar de qualquer coisa boa que se aproxime. Não estou falando de qualquer trauma e não estou sofrendo com desgraças do passado, mas, na condição de ser humano, me permito aprender com os erros e me armar contra eles para que não voltem a acontecer. Para finalizar, minhas palavras não devem ser vistas como "balas perdidas", mas se você pensa que estou aqui atirando contra alguém, você não tem captado a verdadeira essência das minhas palavras.
“Trilogia Kafka”: espetáculos do grupo Garagem 21 refletem o teatro como
espelho da violência estrutural
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A peça apresenta três textos curtos do escritor tcheco Franz Kafka
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