Ele temeu, exitou
Parou no meio termo
Mergulhou em receio
Ele estagnou, enfraquecido
Parou no meio da estrada
Mergulhou em apreensão
Permitiu-se sentir dor
Enquanto crescia o rancor
O horror de ser homem
O levou ao temor, pânico
Esqueceu que era gente
Que podia ser só gente
Ele caiu, exausto
Se manteve ao chão
Preso em grilhões
Viu milhões seguindo
Enquanto que segurava o choro
Parado no meio do nada
Continuou ali invisível
Enquanto que sentia toda dor
Não viu a sensibilidade
Era só homem e nada mais
Não podia mostrar mais
Vestiu-se de trapos
Enquanto flertava com a tragédia
Vivia catando o que sobrava
Entre os ratos encontrou morada
Buscou nos restos uma casa
Enquanto que ainda era gente
Esqueceu que tinha alma
Esqueceu que devia ser gente
Que podia viver como gente
Ele exalava receio, fedor
Enquanto andava, sozinho
Vestiu sua coroa de espinhos.
Vamos conversar?
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