
Do que posso ter medo?
O universo é grande
É imensamente espaçoso
Cada lacuna é preenchida
Cada vida tem um propósito
As dores e receios
São tão pequenos
Perto do acontecer
Do ritmo da vida
Meus anseios tolos
Não possuem sentido
Estou tão morto
Quanto a aflição de ontem
E cada passo meu
Foi atestado como válido
E cada pequeno desastre
Não passou de um acontecimento
Que o tempo pintou
Dentro de cada eco de vida
Que cruzava meus passos
Então o medo é falso
É o arremedo de morte
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