
Caminho descalço pelos estilhaços
Me faz bem sentir o ardor dos cortes
Ardentes como queimaduras
Me fazem vivo diante da vida
E me fazem lembrar dos horrores
As pegadas vermelhas que me seguem
Mostram a direção exata até o cativeiro
Guiam o caminho para a saída
Minha cela era feita de vidro
E todos assistiam o animal enjaulado
Enquanto que eu vivia diante dos olhares
Pude ir encontrando os pontos fracos
A minha prisão era falha
As pegadas vermelhas que me seguem
São a prova de que ainda vivo
E resisti aos maus tratos
E depois de fazer a diversão terminar
Saí andando sobre os cacos
Vitoriosamente selvagem
Foi como respirar pela primeira vez
De encontro com a liberdade.
"SETEMBRO POÉTICO" - PORQUE A POESIA FORJOU O LIBERTAR! - POST 12
0 comentários