UMA COMPREENSÃO NAS ÚLTIMAS LINHAS

By Tiago Ferreira - 23.1.19


Maldita! Sim, maldita dificuldade de discernimento que não me deixa diferenciar o não querer com o não mais sentir. Atualmente estou aqui sem um lugar fixo dentro do meu próprio eu para ficar. Não tem me restado muita coisa a não ser escrever esses textos de desabafo que eu nem sei se alguém lê. "Alguéns" sempre me fazem rir, me abraçam quando a escuridão chega e sempre estendem as mãos quando preciso, mas esses "alguéns" sempre desaparecem minutos antes de eu pegar no sono.

Será que alguém consegue me ouvir? Será que alguém consegue me entender? Ainda tento aprender mais sobre o não querer e o não mais sentir, porém toda vez que estou perto de chegar na compreensão alguma coisa cobre meus olhos e confunde minha mente. Começo a me perguntar mais uma vez; "onde foram parar os 'alguéns' que diziam estar comigo?

Talvez eu tenha que jogar o jogo da vida! Sim, aquele jogo onde as pessoas se tonam frias e calculistas e egoístas e cada dia mais sozinhas. Sim, talvez eu deva brincar de ser feliz com um sorriso no rosto, coração vazio e duas pedras nas mãos. Enquanto a dificuldade de discernir entre o não querer com o não mais sentir, talvez eu já saiba lidar com os dois. Enquanto aos "alguéns", eles são pessoas e algumas pessoas ocupam lugares rotativos na vida de outras.

Sei que talvez alguém esteja me ouvindo, me lendo, me olhando, me imaginando e tentando me entender... Peço a esse alguém que fique longe de mim para não se decepcionar, mas, se for topar continuar, desejo-lhe boa sorte.

Publicado em 1/11/14 na fase "um anacrônico".

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