Não participo mais de competições.
Minha dor dói em mim, basta.
Não giro na roda das lamentações,
Não teço renda de murmúrios,
Não compito uma maratona.
Sei de onde vim e onde estive.
Mesmo sonhando, permaneço acordado.
Tenho meus retalhos de forças, retaliações.
Tenho adjetivos meus, defeitos apontados.
Tenho o suficiente para querer repelir.
Então o faço: repilo aquilo que compete.
Nem a copa, nem as olimpíadas, nem gincanas.
Minha história é narrada por mim, pois vivi bem.
Minha história é narrada por mim, pois sobrevivi.
A gente que não compete é unilateral.
Que seja unilateralmente germinada a semente.
E a gente reaprenda na solitude a viver.
A cada novo dia eles competem por uma vitória.
A gente vence arando a terra, molhando o solo.
Não precisa justificar os recursos dessa história.
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