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Fotografia capturada por Olívia Vieira em 2014. Publicada originalmente na fase "um anacrônico". Clique aqui e conheça as fases da escrita de Tiago Ferreira. |
Com certeza estou morrendo, mas não quero assumir isso. O mar da dúvida é escuro, frio e consegue destruir toda a esperança. Se eu me importo? No momento não. Talvez me entregar seja o melhor a se fazer. Deixo o mar das dúvidas levar de mim o que ele quiser. Para algo novo nascer, algo velho tem que morrer. E eu continuo aqui submerso e cada vez mais morto. Demorei a perceber que em alguns momentos não temos escolhas e em outros a escolha é o sacrifício. Ficarei aqui e não sairei antes do meu último fôlego ou antes da última batida do meu coração. Quieto, recuado, sozinho, fraco, covarde, medroso, frio, volúvel e demais "adjetivos" que tenho ouvido por aí não me afetam mais. E eu continuo aqui submerso e cada vez menos eu.
"um anacrônico" - 6/1/15

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