AGOSTO 30/30 | 2018 | OBRIGADO - FIM

By Tiago Ferreira - 31.8.18

Foi com um sorriso na boca ou com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto que em maio de 2018 nascia o projeto "Agosto 30/30". Existia muito a ser dito sobre todas as dores sentidas, sobre todos os tropeços vividos e sobre toda traição que me alcançava. Foi o momento mais difícil para mim como escritor. Ter que decidir se deixava a escrita discorrer sobre meus sentimentos mórbidos ou transformava toda dor em algo construtivo. Assim aconteceu, peguei todos os meus medos e rancores e transformei em poesia e não em desabafo.

"Agosto 30/30" nasceu e aconteceu e trouxe ao meu mundo um novo significado de escrita e de inspiração. Foi o momento de me olhar e perceber que estou aqui para escrever e isso vai além do simples ato de desabafar. O ponto forte desse projeto foi minha escrita e isso ficou claro. Foram mais de quarenta publicações e um numero incontável de palavras. Poesias, fotografias, textos, vídeo, música e tudo que pude oferecer. Do inicio ao fim, a transparência e a realidade flertavam com a poesia, enquanto a minha escrita explicitava a singularidade do meu mundo.

Escolhi alguns títulos do projeto para falar rapidamente sobre eles. Minha amiga Maryanne Simplício fez uma breve análise sobre os dez primeiros dias do "Agosto 30/30" e você pode ver clicando aqui.


Questionar sempre foi uma coisa natural em mim. Questiono tudo e todos. Mas jamais parei para questionar as pessoas que não gostam de mim. O meu caminho é cercado por pessoas que me odeiam e - algumas delas - nunca deixaram claro os porquês. Qual o sentido da raiva projetada sobre mim? O que faz meus odiadores me odiarem? Minha roupa? Minhas palavras? Meu cabelo? O quê?


De todo modo,

Ninguém nunca sai impune
E mesmo que inocente ou culpado
Ainda espero em pé

Ver cada ação provocada pela raiva
Não poder ser justificada
E ser transformada em arma
Apontada pro cêis.


O peso do mundo vive tentando me puxar para baixo, e isso é definitivamente natural. Mas e quando o peso é o malogro de quem deveria nos amar, o que fazemos? Eu descobri que as vezes é preciso deixar que acreditem que definitivamente o desamor me sucumbiu à tristeza. Submergir parece normal agora e ter essa consciência me ajudou a permanecer longe dos meus desapreciadores. Quando eles acreditam que alcançaram seus objetivos maléficos, eles esquecem que ainda existo.


Não tem parecido ruim morrer afogado

Não tem sido pior que fingir estar bem
Então que o peso me puxe para baixo

É preciso aprender a nadar contra a maré
Ou se entregar para conseguir redescobrir
As razões de ainda viver mais um dia.


O que é familia? O amor tem que existir dentro desse contexto? O que fazer quando nossa familia é responsável por tentar tirar nossa vida? Desde que esse escrito foi escrito, tudo ficou mais claro. Todas as questões foram resolvidas. Não tenho muito o que falar sobre esse escrito porque ele fala por si ´so. É simples. É dolorido.

"[...]Voltei ao início e senti o amargo do desprezo em minha boca. Depois que percebi que era impossível conviver, fiquei mais habilidoso. Não dancei mais nenhum dos ritmos que ecoavam de lá e não engulo mais a história inventada de que eu preciso me esforçar para ser bem quisto. A única certeza de amor que me restou, foi amar estar distante, foi amar dar desprezo. Meus parâmetros para "família" se restringiram aos meus pais. Tenho certeza de que bem quisto ou mal quisto eu fiz o que pude para me fazer amor. Eu florescia em terra de desamor, florescia em meio ao ódio, florescia acreditando que era amado e agora floresço estando longe daquilo que tentava me envenenar."


É dificil me tirar do jogo. É bem complicado me fazer desistir.


"[...]Sozinho voando ao além

Não via nada além da dor
Mas preferia acreditar no simples
Na simplicidade da vida

E mesmo que fosse baleado
Voava pomposo
Como quem nunca
Temeu o desgosto."


Mais um escrito que fala por si. Mas preciso tocar no assunto. Tiago Ferreira é a minha identidade. Tiago por natureza e Ferreira por opção. Não existe outro sobrenome que me defina. Por mais supérfluo que pareça a alteração de um sobrenome, isso tem um significado importante por aqui. Eu sou Ferreira desde que "Agosto 30/30" nasceu. Sou Ferreira desde que o Lima me levou todas as lágrimas que poderia chorar.


"[...]Lima? Só se for a laranja! Quem caminha e fala não carrega o peso do ódio. Quem consegue - por intermédio das palavras - tocar corações, não veste o rancor. É possível ver que algo está diferente e os frutos dessa semente não condizem com a realidade. Talvez a descaracterização do mal seja a alteração de sobrenome ou deixar o Lima de lado signifique apenas que desconheço sua origem. Cego ou surdo? Diante da alteração me passo pelos dois. Não conheço qualquer pé de laranja Lima que tenha dado frutos bons desse lado da realidade, então que morram todos os frutos que foram transformados em maldição. Quem tem escrito e sentido?


Prazer, não pude me apresentar. Sou Tiago Ferreira. Tiago por natureza e Ferreira por opção. Se você chegou até aqui porque viu por aí que já fui Lima, sinto lhe dizer que já não faz mais sentido me ver assim. Fui atrás da verdade e descobri que na realidade eu nunca fui Lima. Sou o contrário e contrario o meu registro de identidade. Não sou nada além do sangue, logo não me faço Lima."


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Bom, essas foram as minhas principais recomendações sobre "Agosto 30/30", mas é claro que você você acessar todos os posts e buscar um título que lhe chama a atenção. Clique aqui para ser direcionado até a página que contem todos os posts desse projeto.



Quero agradecer a Deus pelo amparo na realização desse projeto. Agradeço aos leitores por sempre prestigiarem os meus trabalhos. Eu não seria nada sem todas as leituras e feedbacks que me alcançam. Também agradeço aos amigos pela força e parceria na realização das minhas inspirações.

OBRIGADO! ✌✊❤

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