
Não vejo na além do que quebrou
Enquanto eu caminho remendado
Não vejo a culpa encontrando culpado
O estrago parece imensurável
Que a narrativa não descreve o caso
Pula partes da história e inventa alegrias
Quem sorriu se deparou com o caos
E quem fingiu alegria não se remendou
Eu que estava desemparado, não vi o horror
E fiz da vida quebrada moradia
Enquanto tudo virava estilhaços
Chamei a santidade emudecida
Que nem sequer a oração escutou
E com os meus pedaços remendados
Fiquei parado ali em meio aos cacos.
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