Nós sempre nos aventuramos em dias de produção, nós colocamos toda poética que existe em nós em movimento, nós sonhamos alto imaginando cenários e personagens que muitas vezes não saem do papel. É uma busca constante pelo belo e por aquilo que faz sentido, seja dentro de si mesmo ou dentro dos que podem apreciar nossa arte. É o que gostamos de fazer, somos livres assim, sem muitas pessoas, sem nada mais que o apoio uns dos outros e da natureza. Claro que tudo não são apenas flores, existem as discussões em cena, as falhas técnicas e a ansiedade mútua. Existe as opiniões diversas e aquela coisa que o ser humano tem de que precisa da aprovação do outro.
Apesar dos pesares é tudo pela arte, arremessamos coisas e quereres pela pura satisfação de ver aquilo dar certo. E quando nós entramos no carro e ligamos o som, somos nós mesmos, nas risadas e nas incertezas de que talvez tudo tenha sido em vão e, mesmo se fosse, a memória é a que mais vale, é a única que eterniza os momentos mais bonitos e completos, mais que uma lente de câmera. É dessa forma que nos eternizamos... E nesse exato momento eu estou ao longe assistindo tudo, vendo os violões ao vento, as luzinhas na grama, é um lindo cenário e eles dão aquela risada alta e tão gostosa, que me sinto viva e plenamente feliz por fazer parte desses sorrisos, minha alma sorri junto.
Por Gabrielle Morais
E depois de pouco mais de um ano de produção, apresentamos o audiovisual "Passareio". Esse trabalho simboliza muitas coisas, resume muitas histórias e foi desenvolvido por intermédio de um encontro de almas. A poesia criou, produziu, dirigiu e hoje entrega ao público do Limoções esse projeto verdadeiramente único e especial.
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