Desculpe, mas eu não preciso mais da sua companhia. Não preciso mais implorar sua atenção e nem sequer me sinto mais na obrigação de ser o seu professor. Parece que agora as coisas estão se invertendo. Você sente a minha falta tanto quanto já senti a sua e aparentemente não saberá lidar bem com tudo isso. Eu já não ligo mais se estamos próximos ou distantes e também não faço mais tanta questão de colocar regras e padrões entre nós. Não se preocupe mais, pois agora deixei de ser o louco cismado que sempre acabava analisando e julgando suas ações.
Descobri que preciso ser mais livre e menos quadrado, e percebi que só conseguirei ser como quero se eu deixar que todos a minha volta sejam exatamente aquilo que são. É, eu estou aprendendo a focar em mim agora. Quero juntar cada pedacinho das minhas reais características para acabar com a minha triste necessidade de sempre precisar de alguém ao meu lado. Não coloquei dentro de mim a premissa de que devo me abdicar da fabulosa habilidade de ser importante para alguém e de ter alguém de importante, mas a minha atual premissa é viver bem e só. Não quero mais ter que condenar as ações arbitrárias das minhas relações interpessoais e nem me sinto mais no direito de ter pegar nas mãos de quem sempre me condenou para mostrar o caminho. Sei lá, mas parece que realmente cansei de amar e dar tudo de mim em troca de ser unicamente o problemático.
Entenda, entendo e entendamos que eu não estou aqui dizendo que estou tentando viver sem pessoas, mas estou aqui quietinho esperando tudo que plantei germinar. Fui o louco, o cismado, o critico, o grudento e o carente que sempre zelou pela construção saudável das minhas relações. Certo ou errado hoje compreendo que me sufoquei e me transbordei de regras e parâmetros. Não preciso ficar neurótico e nem sequer analisar mais nada pois tudo de que preciso está dentro de mim. Agindo sempre como sou vou procurar cuidar mais de mim, portanto todas as minhas relações interpessoais estão a partir de agora em ultimo lugar.
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