Estou decidido. Hoje, pelo menos por hoje, tenho certeza de que estive errado. Não quero mais procurar, não quero mais desejar e não quero mais sentir. Não é egoísmo e tenho certeza de que não é decepção. Há vinte anos eu disse “olá” ao mundo de forma barulhenta e molhada, se é que você me entende. Até aqui eu não tive tempo de viver o bastante, de dizer o bastante, de querer o bastante e de alcançar o bastante, mas não desejo mais o que para mim não foi feito.
Se eu disser que estou amando; nunca terei certeza. Se eu disser que estou feliz; logo a alegria passará. Se eu disser que estou sonhando; logo os pesadelos chegarão. Eu existo e co-existo e minhas vontades são só vontades perante as grandezas do mundo. Eu vivo e sobrevivo e minhas alegrias são tão passageiras quanto um dia de chuva. Eu sonho e construo e minhas conquistas são tão pequenas quanto uma formiga.

Há vinte anos eu percorro caminhos e, por diversas vezes, já cheguei a lugares terríveis e outras diversas vezes já estive preso na terra do nunca. Não quero mais sofrer com minhas decisões e não preciso mais temer o amanhã. Eu não sou uma sombra. Tenho uma voz poderosa e palavras que até agora conseguiram tocar o mais duro coração. “A vida é uma verdadeira autora de histórias”, mas, porém, as minhas histórias são de minha própria autoria.
Estou em lugar nenhum desejando coisa alguma. Estou voando em círculos e sozinho. Espero pelos amigos que ainda não conheci e assisto a reconstrução da minha antiga casa, da minha antiga glória e das vidas que já vivi. Eu vivo! Eu existo! Quero continuar seguindo por estradas reais e não quero mais ter que depender do meu medo para compor minhas palavras. Eu quero que o mal tire os olhos de mim para que eu consiga seguir meus caminhos colhendo somente os frutos das minhas próprias mãos, sejam eles bons ou ruins.

Eu quero viver. Quero sentir a vergonha, a alegria, o orgulho, a tristeza e a paixão sem que a vida termine em tragédias. Existe um oceano de histórias muito grande entre dois decênios e eu sou uma única ilha. Já venci grandes batalhas e fui derrotado em guerras importantes. Vida, você me presenteou com algo que eu não posso mais viver sem; minhas palavras. Humanidade, você não deve me subestimar, mas minha maior prova de superação sempre será singular; meu suor.
Não sou único e não desejo ser o centro das atenções. Também não existe espaço para arrependimentos. Sobreviver não é sinônimo de desanimo, mas é uma verdadeira demonstração da construção de um vencedor.
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