Nunca tomei minha vida como prioridade. Nunca tive a necessidade de falar de mim. Nunca me importei com potenciais tragédias que me afetaram. Eu sempre fui assim, me defini assim e, desde então, vivo assim. Eu sei o que é ser feliz e sei como é viver numa total desgraça com um sorriso no rosto. Eu compreendo e aceito a importância de um sorriso, mas levo em extrema consideração a lágrima de dor. Já fui vítima de guerras involuntárias criadas sem fundamento nenhum. Já fui o criador de guerras que tiveram como pilares o ódio e a cegueira. Eu sei o que é ter um coração cheio de amor, mas sei também o que é ter um coração corrompido pelo rancor. Sempre usando de estranhas ilusões, conheci um mundo separado entre o sucesso e o "fracasso". Me arrependo de ter dito que amei alguém, pois sinto que fiz isso de maneira errada. Tenho um grande mundo para explorar e a vida toda para me decepcionar. Durante muito tempo tenho caminhado por direções tortuosas e vivido frustrações fantasiadas de esperança por puro medo e teimosia, mas já que agora conheço o verdadeiro sentido e/ou valor da minha vida, tenho a total liberdade para me conduzir por todas as outras direções.
Entre a distopia e a cura: protagonismo nipo-brasileiro em “Tempos
Amarelos”, de Verônica Yamada
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Produtividade ininterrupta, obsessão por aumento de performance e uma
rotina sem sentido e sem afeto. Poderíamos estar falando…
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Há 18 horas
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