#LIBERDADEDEEXPRESSÃO
À medida que comecei a me envolver com fotografia permiti que as imagens me tocassem, falassem comigo ou falassem o que eu queria dizer. Ao decorrer dos anos tive a chance de conhecer artistas que utilizavam o recurso fotográfico como uma possibilidade de diálogo, discurso, causa e afins. Hoje trago ao Limoções alguns dos trabalhos do meu querido amigo Pluma.
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Reprodução: Fotografia retirada da página oficial do artista |
Não me recordo com clareza como conheci as obras desse artista, mas me lembro bem que fui completamente arrebatado pelas fotografias que tive contato em primeiro momento. Não foi apenas uma questão de admiração ou curiosidade. Foram diversos sentidos levantados por mim enquanto admirava cautelosamente as cores e as composições de luz e edição do autor. Me vi preso em inúmeras realidades e viajando por questionamentos sobre o sentido de cada retrato. Não foi uma busca por explicações de cada proposta, foi mais uma reflexão sobre as sensações que cada composição conseguia (e consegue) fazer eu sentir.
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"Mesmo se eu me esconder... Quem puder me regar, estarei aqui. Sendo um mar de pétalas em um jardim" |
Com o passar do tempo comecei a perceber que os trabalhos tinham diversas vertentes e uma delas, a que me prende e apreende o meus sentidos, é a poesia. Pluma tem uma pegada poética contemporânea que se mistura - por intermédio das imagens - com movimentos artísticos de diversos períodos históricos. Nunca soube ao certo se como autor ele buscou inserir essas referencias em seus projetos, mas são nítidas as introduções de características de um movimento artístico em particular, o surrealismo
O surrealismo foi um movimento que buscou criticar a condição da fragilidade humana. Em um mundo cada vez mais difícil de se viver, esse movimento surgiu para trazer questionamentos, criticas e dar voz aos sentimentos mais íntimos de um ser. Foi sob esse prisma que passei a me conceituar dentro das composições visuais que fui tendo o prazer de admirar ao longo desses anos. Pluma não possui quaisquer espécies de limitações e/ou regras como criador. Ele se entrega ao que sente para conseguir entregar ao mundo os seus sentidos. Estou falando de obras fantásticas que constroem um sólido diálogo entre a lucidez do ser humano e a loucura de sua alma.
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"Já é sabido por todos que o sabor das coisas estranhas não agrada qualquer paladar." |
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"São os corpos híbridos... Aqueles que te penetram a carne viva." |
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Oviposição 1/3 Processo de Encasulamento |
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Ninfa 2/3 Processo de Encasulamento |
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Casulo 3/3 Processo de Encasulamento |
Sangue Quente.
Tenhas paciência sangue meu
Uma hora dessas terás espaço suficiente para correr
Desembestado ou escorrendo meu corpo
De tal forma como nunca o fizestes
Uma hora dessas te encarregarás de sucumbir-me
Levar-me aos céus
Transformar-me em puro prazer
Em gozo
Uma hora dessas terás grande contentamento Poderás cantar sem vergonha
E sem vergonha poderás cantar qualquer um Poderás interpretar
Poderás suavizar tuas hemácias
E não precisarás de suplemento de ferro
Não precisarás de vitaminas
Pois delas já estarás suprido há séculos
Já serás tão forte
Tão, que teu próprio reflexo se ajoelhará para ti
Clamará por tua luz Teu suor com gosto doce Uma hora dessas então
Poderás fazer de um tudo...
Inclusive, morrer sossegado
Tenhas paciência sangue meu
Uma hora dessas terás espaço suficiente para correr
Desembestado ou escorrendo meu corpo
De tal forma como nunca o fizestes
Uma hora dessas te encarregarás de sucumbir-me
Levar-me aos céus
Transformar-me em puro prazer
Em gozo
Uma hora dessas terás grande contentamento Poderás cantar sem vergonha
E sem vergonha poderás cantar qualquer um Poderás interpretar
Poderás suavizar tuas hemácias
E não precisarás de suplemento de ferro
Não precisarás de vitaminas
Pois delas já estarás suprido há séculos
Já serás tão forte
Tão, que teu próprio reflexo se ajoelhará para ti
Clamará por tua luz Teu suor com gosto doce Uma hora dessas então
Poderás fazer de um tudo...
Inclusive, morrer sossegado
Laranja Luz.
E naquele suor eu te senti
Naquele mesmo suor me entreguei
Me esfreguei
Fugi do mundo
Das neuras
Das complicações
Tudo se encaixou tão bem
Nossos corpos angulados
Cravados
Pastéis, àquela luz
Laranja
Aquela luz que ainda vejo aqui
Aquela luz que resiste na memória
Naquele suor que ainda sinto
E desejo
Naquele mesmo suor que fomos nós
Um no outro
Dentro
Inatingíveis, destemidos
Palpáveis
Fugi do mundo, e me entreguei
Me esfreguei
E tudo se encaixou tão bem
E naquele suor eu te senti
Naquele mesmo suor me entreguei
Me esfreguei
Fugi do mundo
Das neuras
Das complicações
Tudo se encaixou tão bem
Nossos corpos angulados
Cravados
Pastéis, àquela luz
Laranja
Aquela luz que ainda vejo aqui
Aquela luz que resiste na memória
Naquele suor que ainda sinto
E desejo
Naquele mesmo suor que fomos nós
Um no outro
Dentro
Inatingíveis, destemidos
Palpáveis
Fugi do mundo, e me entreguei
Me esfreguei
E tudo se encaixou tão bem
Por fim, eu queria concluir com um agradecimento muito especial. Os trabalhos autorais de Pluma estão além da simples compreensão da visão humana e - com toda certeza - eles nasceram para provocar e instigar. Agradeço ao artista por ter me dado a chance de admirar seus trabalhos. Esse post é uma simples homenagem.
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