Quando os dias estão frios e as máscaras todas caem e os santos que vemos se mostram vazios. Quando todos os sonhos vão por água abaixo e aqueles que eram essenciais se mostram os piores de todos e temos que nos conformar com a solidão. A realidade é que venho tentando esconder a verdade para me mostrar forte, mas possuo um monstro dentro de mim e não é possível esconder mais nada. Não interessa as criações pois continuamos sendo feitos de arrogância, egoísmo, orgulho e toda ganância do mundo. Talvez essa seja a minha hora, a hora que tanto adiei, a hora do meu fim. Peço apenas que aqueles que decidiram ficar sintam meu calor, olhem nos meus olhos e vejam o monstro que está prestes a se libertar. Logo as cortinas se fecharão e será a última vez que alguém assistirá esse espetáculo. As luzes irão se apagar e todos perceberão que aquele espetáculo enfim saiu de cartaz. O público que ali está cavou a sepultura do pobre protagonista dessa história confusa e agonizante, mas foi no baile de máscaras do cotidiano que a verdade se revelou. Não adianta se decepcionar, pois todos acabaremos juntos naquele lugar que tememos, naquele lugar que cada um terá aquilo que merece; o inferno. - 26/11/14
“Trilogia Kafka”: espetáculos do grupo Garagem 21 refletem o teatro como
espelho da violência estrutural
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A peça apresenta três textos curtos do escritor tcheco Franz Kafka
(1883-1924). “Um Artista da Fome”, que conta…
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