
Por onde andei fiz questão de deixar fragmentos de tudo de bom que poderia existir em mim. Todos os corações que fiz de morada tiveram a chance de conhecer o que de melhor existia em mim. Todos os momentos que me mostrei pareceram em vão. Eu já não sei onde foram parar todas as virtudes que eu imaginei ter. Não imaginei correr o risco de acabar sendo um mero desconhecido que jamais teve a chance de ser conhecido. Fiz o que estava ao meu alcance para ser o máximo de mim, não medi esforços para ser único e marcante, não exitei em ter atitudes cativantes e não fui nada além de mim.
Travei muitas batalhas contra tudo que tentasse me transformar em algo que nunca fui, mas não me recordo o momento que me desviei das minhas próprias características para me transformar um reles sujeito desconhecido.
Pela minha dignidade é que me silenciei, pois não tive a coragem de me remoldar baseado em visões equivocadas de um alguém que jamais fui. Eu não tive coragem de contradizer as palavras de seres que não me viram com o coração. Eu, mais uma vez, assumi o risco de ser sempre mal interpretado, pois escolhi que jamais mudarei quem decidi ser ou jamais cortarei minhas raízes mais uma vez.
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